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Castelo de Vide Old House

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Description

Castelo de Vide - Dist. Portalegre - Alto ALENETJO / Portugal




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Castelo de Vidde em posição dominante no alto de uma colina a norte da serra de São Mamede, revestia-se de importância estratégica devido à sua proximidade com a fronteira.

O carácter romântico da vila de Castelo de Vide, associado aos seus jardins, clima ameno e proximidade da serra de São Mamede, tornou-a conhecida por "Sintra do Alentejo".

Historia
Perde-se nas brumas do tempo e das lendas a razão pela qual foi criada uma praça-forte neste local. Esta dúvida que só a arqueologia poderá esclarecer com segurança, estaria possivelmente relacionada com a morfologia dos solos que juntamente com factores de estratégia de ordem territorial, uma vez que era necessário consolidar as recém conquistadas terras, levaram a que se fixasse um espaço defensivo e criar condições para possivelmente existentes e novas populações.

Sabe-se por Rui de Pina que em 1299 Castelo de Vide era ainda "lugar etã maís chão q forte" ainda que desde essa data seja apelidado de "Castel da Vide" e que Afonso Sanches, filho de D. Afonso III, iniciou obras de reconstrução das muralhas que foram continuadas pelo seu irmão, D. Dinis , ficando finalmente concluídas no reinado de D. Afonso IV.

Estes melhoramentos dotavam esta praça de melhores condições defensivas alargando a cintura de muralhas, abrangendo o poço inicialmente de fora protegendo a sua entrada que era feita pelo interior do burgo. Uma linha de novas muralhas englobou a cidadela e o aglomerado populacional que já se havia estabelecido fora dela. Foi construída uma importante torre de menagem, periférica e saliente relativamente aos muros, para melhor defender o lado Sul, de mais fácil acesso e ataque. Todos estes reforços no sistema defensivo são indicativos da crescente importância que Castelo de Vide representava em termos estratégicos, tendo o s seus muros experimentado as máquinas de guerra e os assédios durante os conflitos com Castela, em que o nosso país foi fértil durante a Idade Média, como na manutenção municipalidade, adquirida em 1276 quando Castelo de Vide se libertou do termo de Marvão para formar o seu próprio concelho.

Lentamente ocorre a expansão urbana fora das muralhas do castelo, ainda durante o século XIV. As condições da encosta Sul, com boa exposição solar e um declive mais suave, em detrimento das vertentes Norte e Oeste, mais escarpadas e ventosas, determinaram a expansão deste arrabalde. A fundação de várias igrejas e ermidas extramuros estabeleceram com o castelo eixos preferenciais de estruturação da paisagem. Assim aconteceu com o eixo de comunicação que desde a entrada do castelo procurou encosta abaixo a ermida de Santa Maria, fundada em 1311 no local da actual Matriz. Este eixo foi certamente uma das mais antigas vias de expansão, estabelecendo ainda a separação entre as duas vertentes da encosta e também entre o outro arrabalde onde a nascente, a fonte de água, já utilizada pelos habitantes do burgo em tempo de paz, determinou a expansão urbana para esta vertente, compensando assim, os declives mais acentuados e a exposição solar menos privilegiada. Não se sabe ao certo se um dos arrabaldes terá surgido primeiro que o outro, mas o mais provável será terem-se desenvolvido na mesma época vindo este a ser paulatinamente utilizado pelos judeus que de Castela e Aragão procuravam refúgio após a sua expulsão do reino vizinho. Muitos se terão estabelecido em Castelo de Vide por estar próxima da fronteira e da portagem de Marvão, fazendo aumentar a comunidade judaica aqui existente e certamente contribuindo para o desenvolvimento que iria caracterizar a Vila.

É possível ter uma ideia, ainda que um pouco falível, do desenvolvimento urbano que a vila apresentava até ao século XVI pelos desenhos de Duarte d' Armas, as mais antigas representações que se conhecem da vila, onde se pode verificar que no primeiro quartel do século XVI, ambas as vertentes da encosta se encontravam construídas.

A população dedicava-se à agricultura, cultivando a vinha, o linho, a oliveira, frutas e cereais e também à criação de gado. Também a indústria da moagem aqui se desenvolveu, com várias azenhas a funcionar ao longo das ribeiras de Vide e de Nisa, assim como a indústria da fiação de lã, tendo como suporte os gados que eram criados no termo da Vila. A partir dos finais do século XV, princípios do XVI, a fiação da lã adquiriu uma tal importância, que já anteriormente a D. João III (1521-1557), era um dos principais mesteres de Castelo de Vide e os seus habitantes passaram a ser apelidados de "Cardadores," Os 885 vizinhos que possuía em 1527 subiram para 1400 em 1572, e para 1600 em 1603. Na base deste surto populacional esteve o incremento da produção agrícola, da tecelagem e do comércio com Espanha.

O foral novo (D. Manuel, 1512) determina as normas sob as quais a vila deveria ser administrada. Não apenas novas leis são estabelecidas como também a administração dos espaços públicos e a organização dos respectivos limites. É neste momento que a instalação do mercado na grande praça (Rossio) foi regulamentada. Esta área, uma vez integrada no tecido urbano, cedo adquiriu o estatuto da praça principal que manteve até aos nossos dias, determinando as referências para o desenvolvimento dos novos bairros.

O sistema de ruas paralelas que cresceram na encosta de São Roque a partir dos finais do século XVI, prova com clara evidência esta relação com o "Rossio" e os sinais de um esquema preconcebido.

Apesar dos frequentes conflitos com Espanha, nos princípios do século XVI, a vila não viu as suas fortificações serem ampliadas. A fortaleza medieval assegurou até bastante tarde a protecção e a defesa do território adjacente.

Contudo, o conflito que se seguiu aos 80 anos de domínio espanhol (de 1580 a 1640) trouxe de novo a necessidade de novas muralhas. Os trabalhos da fortificação de Castelo de Vide fizeram parte de uma campanha global de visava a renovação da totalidade da linha de fronteira.

A guerra com Espanha durante 28 anos (de 1640 a 1668), foi tempo suficiente para a organização de uma operação efectiva conjunta do governo, do exército e com o precioso conhecimento de diversos engenheiros militares que introduziram as inovações da arte de fortificar francesa e inglesa.

1641 foi o ano do início de uma longa campanha de trabalhos em Castelo de Vide, no entanto, só após uma década decorrida a linha fortificada por bastiões começou a ter forma, repondo uma frágil barreira de paliçadas que, em muitos pontos, constituía a única forma de defesa.

A realização destes trabalhos, nos princípios do século XVIII, teve como consequência, a partir de então, uma forte restrição da expansão urbana da vila. O tecido urbano foi crescendo gradualmente preenchendo o centro com casas senhoriais que foram construídas pela aristocracia e nobreza.

Além da longa linha de muralhas abaluartadas, os trabalhos incluíram o envolvimento da antiga fortaleza medieval com uma linha de baluartes e revelins, a construção de uma outra fortaleza (1705) na colina de São Roque e a adaptação da antiga cidadela às exigências da artilharia e aos novos sistemas defensivos.

De 1704 a 1708 outro conflito com Espanha infringiu diversas destruições na região. Em Castelo de Vide a fortificação serviu novamente os seus desígnios, no entanto, muitas partes ficaram bastante destruídas, em particular a torre de menagem medieval que ficou muito arruinada.

Em 1710, sendo governador da praça militar Manuel de Azevedo Fortes, uma outra linha abaluartada foi terminada com vista à protecção do Convento de São Francisco, de duas igrejas e de um pequeno bairro que ficou exterior aquando da primeira fortificação.

Durante o século XVIII a vila sofreu um desenvolvimento urbanístico lento, com a maior parte das construções a tornarem-se compactas uma vez que, eram constrangidas no interior das muralhas. O número das residências e o conjunto da população atingiu o seu máximo no fim do século (1700 fogos com 7000 habitantes).

Embora não ocorram novas obras de conservação nas muralhas a partir do século XVIII, Castelo de Vide continuou até meados do século XIX com a imagem inalterada, passando por um período de declínio das industrias de tecelagem (em parte devido à criação das manufacturas em Portalegre), com as ocupações militares e consequentes destruições espanholas e francesas e a guerra civil, tendo tido um papel activo na nossa história militar, erguendo-se contra os franceses e participando nas lutas civis que avassalaram Portugal durante o século XIX

Quando, em 1823, a guarnição militar saiu definitivamente de Castelo de Vide, os baluartes e muralhas foram abandonados ou vendidos a proprietários privados.

Em 1836 é suprimido o município de Póvoa e Meadas que passa a estar integrado no de Castelo de Vide.

A situação foi invertida quando alguns factores de progresso produziram novamente um impulso no desenvolvimento, algumas vezes a custo de destruição de elementos com valor como é o caso de em 1852 justificaram, a demolição de um imponente arco romano da Aramenha, o qual tinha sido trazido do concelho vizinho de Marvão e reconstruído para ser a principal entrada forte do séc. XVIII no perímetro fortificado. Algumas obras públicas, que passaram pela construção das novas estradas para Marvão, em 1878, para a estação do caminho de ferro que ligava Lisboa a Madrid e a que fazia a circunvalação à Vila e que passava pela Quinta do Prado onde eram aplicadas novas tecnologias na agricultura e no fabrico de "champanhe" por parte da família Le Coq.

Um novo período de ascensão económica e social começa a perceber-se em meio do século XX, com um aumento do turismo nesta região tendo por base as águas minerais abundantes e diversificadas das várias nascentes que traziam os forasteiros a esta Vila, bem como a posterior engarrafamento e comercialização da água proveniente da Fonte da Mealhada. Pela primeira vez desde o meio do século XVIII cresce o tecido habitacional com a construção de vários bairros extramuros.

O casario branco, as inúmeras fontes, os solares oitocentistas, os portais góticos, as 12 igrejas (das 31 existentes no Concelho), os parques e jardins, os recantos pitorescos de construções de arquitectura modesta mas sóbria, a Judiaria, o Canto da Aldeia... são alguns dos singulares valores que tornaram a Notável Vila de Castelo de Vide conhecida mundialmente, sendo hoje o Turismo o sector principal do seu desenvolvimento social e económico.[link]

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Castelo de Vide - History
The Romans first settled here in 44 BC being an important point in the road from Merida in Spain across to the west coast. The Vandals conquered and destroyed the town in the 4th Century. It was later rebuilt by the Moors in the 7th Century until 1148 when it was taken by forces led by Gonçalo Mousinho who then became its governor. The town's first Royal Charter was issued in 1180 and unlike other places it was required to organize its own defences and in return the young men of the town were not by law automatically obliged to be soldiers. It is unknown when Vide as it was originally known was first fortified. On the orders of Dom Dinis the castle was rebuilt in 1310 and its name was prefixed by the word Castelo. When Afonso IV ascended to the throne he gave the town to his younger brother. This same brother later laid claim to the throne and an imminent battle for the castle was only avoided by the clever intervention of the ambassadors sent by the future to be Queen of Portugal, Dona Isabel de Aragon. Its protection and close border location was to attract many Jews from Spain during 1492 that escaped from the severe persecution handed out by the Catholic Church. In 1704 the Spanish attempted unsuccessfully to capture the castle but later fell to the attack of the Duke of Berwick who threatened to put all in the town to the sword. The defending Portuguese then placed all their gunpowder for protection in a well but a year later an explosion of this powder destroyed a great part of its fortifications. When they proceeded to rebuilt and extend the walls they included the houses that had grown up around the castle in the outer walls.

Castelo de Vide - Description
It is a most attractive small Spa Town with lots of fascinating architectural character. Sitting on the northern edge of the Serra de São Mamede it is a popular place for passing tourists due to its natural welcoming charm and the claimed healing powers of its Spa waters. Within the castle walls there stands the 17th Century Capela de Nossa Senhora da Alegria that also contains attractive tiles of the same period. The old part of Castelo de Vide has lots of character with small typical houses of the region lining the steep very narrow cobbled streets. This is the Judiaria Quarter and on the corner of one of these streets there still stands a 13th Century synagogue. Many of these modest homes together with the grander houses have door and window surrounds artistically worked in the local granite. The church of Salvador do Mundo is also from the 13th Century but it underwent some interior changes in the 18th Century amongst which is the addition of some attractive tiles.

Castelo de Vide - Nearby Locations
To the northwest is the town of Nisa that acts as a contrast to Castelo de Vide as the streets are in comparison open and un-crowded by the local buildings. The Templars constructed this present version of the town as its original site that was destroyed by invading vandals whom invaded Portugal from the north.

To the south is the town of Marvão, another very attractive fortified location that is perched on a spectacular ridge some 862 mts. above sea level. This strategic factor influenced the Romans to fortify the location in the 1st Century. Its present name probably originates from its ruler, Ibn Maruán in the 10th Century. The castle was originally built round 1299 and crowns the enclosed hamlet that has panoramic views to the south and east across towards Spain. Due to its high position and well built fortifications the castle was only once conquered which was in the Civil War of 1833 when the Liberals achieved access by a secret entrance. In the 15th Century Chapel is a Visigoth statue that was surprisingly discovered after being hidden for 300 years during the town occupation by the Moors. A dramatic yet harsh location that often features in Portuguese poetry and sonnets. Surprisingly, close by in this hidden corner of Portugal there is an enjoyable 18-hole golf course and bordering it is a signs of a Roman ruins from 45AD.

Slightly further to the south is the commercial town of Portalegre that grew to prominence in the 16th and 17th Centuries. To the southwest the small town of Crato belies its historic past. In the 13th Century this town was given to the powerful Order of Hospitaliers who originally assisted in the fight against the Moors in the reign of Dom Sancho II. The town was to become their headquarters when in 1356 Dom Álvaro Gonçalves Pereira ordered the building of the nearby Monastery of Santa Maria da Flor da Rosa. It later was to enjoy the patronage of both Dom Manuel I and Dom João III. The order was located in the Monastery that in the reign of Dom Luís in 1527 was replaced by the Order of Malta. The structure was virtually destroyed in the earthquake of 1755 but was partially rebuilt by the order of the Marquês de Pombal and now it has been converted into an attractive Pousada. The Spanish in 1662 sacked and destroyed the fortifications of Crato and its importance was to diminish thereafter.

To the northeast of Castelo de Videis the Spa Fadagosa. Also, close to the town are a number of Antas (Dolmans) from the Megalithic times and the Menhir de Meada is claimed to be the largest one in the Iberian Peninsular. [link]
Image size
2832x4128px 6.24 MB
Make
Canon
Model
Canon EOS 1000D
Shutter Speed
1/512 second
Aperture
F/14.0
Focal Length
18 mm
ISO Speed
200
Date Taken
Aug 25, 2011, 12:26:33 PM
Lens
EF-S18-55mm f/3.5-5.6 IS
Sensor Size
16mm
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